A história da Sociedade Psicanalítica da Paraíba (SPP) começa antes da sua fundação formal. Com efeito, em 09 de abril de 1986, Luís Andrade, Luís Maia, Aurélio de Freitas , Henriqueta Melo e Ronaldo Almeida, reuniram-se pela primeira vez, em João Pessoa, formando um grupo de “intercontrole”. Em 12 de agosto de 1992, os quatro primeiros publicaram sua intenção de criar, em João Pessoa, o Grupo de Estudos Psicanalíticos da Paraíba. Um documento, formulado com esta proposta, foi lido na plenária do IX Congresso do Círculo Brasileiro de Psicanálise, no Recife.
Grupo de Estudos Psicanalíticos da Paraíba
Efetivamente, em 12 de maio de 1993, uma carta circular, assinada por Luís Andrade, Luís Maia, Aurélio de Freitas e Henriqueta Melo, convidava, ao mesmo tempo em que explicitava os critérios de seleção para aqueles que desejavam torna-se membro daquele grupo. Nascia assim, o Grupo de Estudos Psicanalíticos da Paraíba, composto por 16 membros, que teve sua reunião de fundação em 03 de junho de 1993. As reuniões eram quinzenais, das 20h30 às 22h30 horas, nas quintas-feiras. Nesse período que foi de 1993 a 1995 o grupo fazia uma leitura cuidadosa da obra de Freud. Feito o percurso pela obra de Freud, se pensou em fundar uma instituição psicanalítica que fosse espaço de formação e de troca entre pares. Assim, a conclusão da tarefa inicial – as atividades do Grupo de Estudos – colocava a questão da continuidade do projeto.
Nasce a SPP
Para a constituição de uma sociedade psicanalítica com um projeto de formação, fazia-se necessário definir os critérios que orientassem sua fundação. Dois grandes parâmetros foram então definidos. Por um lado, havia, desde o primeiro momento, o desejo de filiação ao Círculo Brasileiro de Psicanálise. Por outro, os critérios de seleção para a nova sociedade, enquanto formadora de analistas, não poderiam mais ser o do convite, como fora para o Grupo de Estudos, nem tampouco poderiam ser definidos pelos próprios candidatos à seleção. Era preciso que membros previamente selecionados e reconhecidos por uma outra instituição psicanalítica operassem o movimento dialético de ruptura e continuidade que marcaria a passagem do Grupo de Estudos à Sociedade Psicanalítica. Definiu-se, assim, o critério de escolha dos membros fundadores da nova sociedade: a pertinência tanto ao Grupo de Estudos quanto a uma sociedade filiada ao Círculo Brasileiro de Psicanálise, no caso, o Círculo Psicanalítico de Pernambuco. Foi assim que em 04 de março de 1995, ano do centenário da psicanálise, Luís Andrade, Luís Maia, Aurélio José de Freitas, Henriqueta Melo, Ana Lúcia de Carvalho, Ivone Vita, Maria Luiza Cavalcanti e Marlene de Freitas, todos membros do Grupo de Estudos e do Círculo Psicanalítico de Pernambuco, fundaram a Sociedade Psicanalítica da Paraíba – SPP.