O Desejo de Autonomia à Prova de uma Formação Masoquista

“Inspirado no Freud da antiga carta 52, Laplanche postula uma teoria tradutiva do recalque. Nesta perspectiva, poder-se-ia caracterizar a diferença entre o recalque originário e o recalque secundário como aquela que estaria entre aquilo que não se pode traduzir, que é enigmático, e aquilo que não se quer traduzir. Ora, se as fantasias correspondem a tentativas de tradução, de ligação – e, nesse sentido, trazem a marca do enigma originário, do que não se pôde traduzir – elas são também, enquanto eróticas, tentativas de negação da dependência em relação ao outro – aquela dependência que não se quer traduzir”. Luis Maia. O Desejo de Autonomia à Prova de uma Formação Masoquista. In: Psicanalítica – Publicação do Círculo Psicanalítico de Pernambuco ano 5, n° 5 – outubro, 1997, p. 56.

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